sábado, 15 de novembro de 2014

Banda Velho Corvo de Ibaté participará da Semana do Áudio Visual

Ibaté sempre foi um seleiro de artistas. Quem acompanha a vida artística dessa cidade, pode esbarrar com manobradores de motos, skatistas, pagodeiros, sambistas, violonistas e os modeiros de viola.


Na cena independente, temos algumas bandas de Rock e muitos artistas que preenchem bandas de outra cidade. Dentre esses, podemos destacar o trabalho da Banda Velho Corvo que iniciou seus trabalhos há alguns anos em Ibaté e hoje, com um trabalho ligado aos clássicos do Rock, tem andado por cidades da região.


Dentre os lugares mais expressivos, a banda participou do Encontro do Rock, evento independente com mais de 30 anos na cidade de Marília, no mês de agosto. A banda também comporá um vídeo documentário sobre bandas independentes da região chamado 5 Minutos de Fúria que com certeza O Palpiteiro irá acompanhar de perto esse momento.


No dia 19 de Novembro(próxima quarta-feira)a banda Velho Corvo participará da SEDA - Semana de Audiovisual, o maior festival colaborativo da América Latina realizada pelo Circuito Fora do Eixo e Casa Fora do Eixo de São Carlos.


O Evento será realizado no PALQUINHO/DCE UFSCar às 22h, a banda entrará à 0h.

Serviços:




Confetes, Gliteres e muita Purpurina. Ser feliz aqui PODE!!!

Bia Karan, apresentadora na Parada Gay de São Carlos(16 de Novembro de 2014)

























Neste domingo 16 haverá a Parada Gay da cidade de São Carlos. Um dos maiores eventos culturais, entretedores e políticos do Brasil e do Mundo e acontece aqui na região (cidade ao lado).


Da minha adolescência até o presente momento, tenho visto uma satisfatória ascenção do movimento LGBT(na época, GLBT). Quem já não presenciou alguma atitude de exclusão em ambiente escolar, alguma piada ou atitude de exclusão em território público ou até, em ambientes privados, abertamente as atitudes homofóbicas? Quem nunca ouviu alguém dizer: Eu não sou Homofóbico, até tenho alguns amigos “viados/bixas/gays”?


Quando as minorias são problematizadas, da mesma forma que acontece com a pessoa que não sente a dor da ferida até alguém colocar o dedo, começam a aparecer as atitudes segregadoras.


Ninguém é Homofóbico até ter alguém na sua casa e família. Até ter que lidar com o garoto ou garota de 6 ou 7 anos que não se vê no próprio corpo. Até ter que aceitar o filho ou a filha trazer o companheir@ gay para o almoço do domingo. E aqueles pais que tem vergonha de apresentar o filho na roda de amigos do buteco ou do truco. Ou aqueles que afirmam a masculinidade ou a feminilidade da filha, mesmo que todo mundo já saiba da sua orientação sexual.


Aqui em Ibaté, vejo com muita satisfação como alguns homossexuais lidam com sua sexualidade e como fazem pra afirmar seu espaço dentro da sociedade. Ilustríssimos profissionais da fotografia, maquiagem, artes, teatro, cabelos, moda, eventos e até, acompanhantes. Pessoas que lutam com o preconceito de uma cidade provinciana e que fazem alguns engolirem a forma que socialmente expressam suas visões de mundo sobre o Sexo. Sujeitos que fazem, pessoas como eu, ter orgulho de fazer parte de seus círculos de amizade. Ver como historicamente algumas pessoas vem trazendo festas tradicionais onde até eu, dou saltos de alegria quando convidado a participar. É lindo!


Por isso, quando vejo esse grandioso evento acontecer em São Carlos, cidade também provinciana com mentalidade, mesmo com suas universidades, nada libertadora, e toda essa galera tomando as ruas e apresentando e mostrando que tem o direito de expressar seus desejos e anseios e direito de viver a sua sexualidade e principalmente, seu espaço no ambiente de trabalho, na família, na escola, educação, ou seja, na vida.


Por isso, mesmo com um mundo cruel e homofóbico, nesse domingo teremos e viveremos um dia com muitos confetes, gliteres e porpurina.

Tudo isso por que, ser feliz aqui PÓDE!





Documentário Meu Eu Secreto sobre Crianças Trans.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Dia Nacional do Hip Hop

Muitas cidades brasileiras com os diversos coletivos de juventude e movimentos populares e sociais de valorização da identidade do povo preto celebram nesse 12 de novembro o dia Mundial do Hip Hop. Algumas cidades só celebram a festa, outras já conquistou, por Lei, compor o calendário municipal ou estadual e outras, seus gestores nem sabem o que e pra que seja isso.


Há uns nove ou dez anos, em contato com uma das gestoras da minha cidade, eu tinha 17 ou 18 anos e começando a ter contato com arte e cultura e na época, estávamos com as discussões, nas grandes cidades, sobre a Conferência Nacional de Cultura, essa tal gestora com formação em artes, não aceitava o Grafit como arte. Em outro momento, já em 2013, em contato com um gestor de um importante equipamento cultural do Estado de São Paulo, num projeto de Grafit, ele abrira as portas pra um grande artista plástico para fazer um trabalho de formação na determinada linguagem pelo fato de não trazer “agressividade na obra”.


Ao que vemos, além do fato de termos gestores totalmente despreparados nos equipamentos culturais por nunca terem tido contato com a reflexão do universo artístico, também nos deparamos com gestores que desconhecem um mínimo das linguagens artísticas que deverá promover.


Estamos exatamente há 8 dias da maior festa e conquista do movimento Negro, mas ainda nos deparamos com o fato de que os jovens sejam os que mais morrem e desses jovens, a maior parte são jovens negros. O fato de vivermos ainda um grande momento de exclusão social aos negros em função das desigualdades geográficas, econômicas e políticas. Um grande preconceito e segregação aos que praticam as religiões afro brasileiras e o total desconhecimento das suas propriedades curativas. O fato de ainda sofrermos retaliações quanto às cotas em ensino superior, concursos públicos, cargos públicos por indicação e uma grande diferença entre os principais ocupantes de cadeiras em escolas públicas e privadas.


Dessa forma, com certeza muitos se perguntam pra quê um dia do Hip Hop ou até de Consciência Negra e a resposta é simples: As diversas Culturas Negras são as que mais agregam e nelas, onde mais, de forma lúdica ou reflexiva, os Jovens podem se deparar com uma nova expectativa de Vida.

Então, mesmo que ainda tenhamos muito trabalho pela frente, enquanto Movimento Negro tanto dentro da comunidade, do trabalho ou do o Estado, merecemos comemorar mais esta conquista, o Dia do Hip Hop!

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Bença Padrinho - Das conquistas da gestão cultural nacional e os retrocessos municipais

Circulando pela internet hoje, me deparo com uma carta da Ilustríssima Marta Suplicy pedindo exoneração do seu cargo. Qualquer leigo saberia que essa exoneração seria simplesmente pelo fato de haver alguém representasse o PT dentro do Senado e não por inabilidade de gestão da Ministra e Senadora.

O processo da profissionalização da Gestão da Política Cultural no Brasil, iniciou com a 1ª Conferência Nacional de Cultura(2005), ainda na Gestão do Gilberto Gil, onde diversos caminhos para a gestão, foram propostos pelos gestores culturais e artistas. As resoluções dessa conferência, chegam à sua totalidade, quanto Política de Estado, nesse ano de 2014.

Essas leis marcam, entre outras coisas, o final do Coronelismo e dos Favores quanto ao fazer artístico e cultural. Hoje, as leis do Sistema Nacional de Cultura, o Vale-Cultura, a Lei da Cultura Viva, o Marco Civil da Internet, a Lei de fiscalização do Ecad, a PEC da Música, além do envio à Casa Civil, onde aguardam encaminhamento, o Direito Autoral e a Lei da Meia Entrada, marcam o final do processo iniciado nos movimentos sociais e populares e chega ao Estado como Política e possua amparo legal.

O que mais me chama a atenção é: Por que os Gestores Culturais ligados à Secretarias, Departamentos ou Divisões de Cultura de cidades pequenas não se valham desses mecanismos governamentais e não deem subsistência aos produtores locais e gestores culturais da sociedade civil dialogando de maneira mais participativa com a sociedade e comunidades locais?

A saída da Marta traz muita satisfação pelo fato de assegurar a continuidade das conquistas da esquerda dentro da política nacional,mas, esses avanços não chegaram nas cidades mais pequenas oque nos mostra que ainda temos muito trabalho.

Sem muitas delongas, mas não podemos ignorar que Ibaté não possua Conselho de Cultura, Gestão de Cultura com participação municipal, não teve a segunda e a terceira conferência de Cultura e, como anda a carroagem, não terá a quarta, que seria a segunda, não tem Política Pública atrelada ao CPF da Cultura (que duvido que saibam o que seja isso) e não há esforço algum por parte da gestão e da política publica municipal por implantar o Vale Cultura, uma das formas de movimentar a economia local, é pra nós artistas, gestores e produtores culturais, lamentável (nem vamos discorrer o processo de o contratação dos formadores culturais que se dão por contratação direta, sem edital. Das pouquíssimas ações que temos, nenhuma é assegurada pelo Estado.

Então, percebemos que pra que um artista consiga desempenhar seu trabalho, mesmo com as conquistas em âmbito Federal, na hora que entrar nos portões da pequena cidade, há que se dar a bença ao “Padrinho”.


E pra aliviar um pouco o stress, dois videos do Mazzaropi:



segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Que a Justiça de Xangô não abandone este sertão

Como adepto das redes sociais que sou e se fosse por querer, o seria ainda muito mais pois é uma das formas mais fáceis e baratas de divulgar ideias e ter contato com as informações que, em muitos casos, é em tempo real.

No mês de novembro minha time line do facebook fica repleta de eventos ligados a valoração da identidade negra num cânone nacional dialogando com as questões de gênero e identidade. Amigos de diversas áreas do conhecimentos todos numa militância conjunta divulgando as ações, ideias, eventos e posicionamentos.

Ter um dia num mês onde os movimentos sociais estão todos amparados por lei e, nesse mês, poder promover ações nas áreas de educação, economia, meio ambiente, trabalho, cultura, artes, etc e trazer tanto a comunidade negra quanto aos brancos e fazer com que nós, negros não sejamos vistos simplesmente como uma estatística de violência, mas como sujeitos fazedores e construtores de uma nação, é de extrema valia.

Porém, ainda há cidades que nunca tiveram um único momento em toda a sua história onde esse território e ambiente fosse aberto. Cidades que esquecem de alimentar as reflexões dentro dos Conselhos da Comunidade Negra. Cidades que não aplicam a Lei 10 639. Cidades que a comunidade negra não é vista e não tem direito a voz.

Porém, o que mais nos traz desgosto é viver nessas cidades, onde a gestão pública não valoriza as conquistas da comunidade negra. Que o vinte de novembro é esquecido, que o 13 de maio não é debatido. Que os departamentos e secretarias de cultura valem-se do poder do Estado só pra alguns eventos espalhados pelos anos que a Cultura e a Arte não são o carro chefe, mas sim, propagam uma Cultura de Massa atrelada a politicagens e crescimento econômico  dos próprios bolsos.

Ao viver em cidades desse tipo, só nos resta o desgosto de saber que sua história e seu povo vivem no esquecimento e por fim, só resta a esperança que a justiça de Xangô seja feita nesse sertão.

Na música Oyá de Carica/Santiago belamente interpretada pelo cantor Péricles pode-se ver e sentir as sensações do povo preto:


Imagem:
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sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Se é pra ter mais emprego, então já tá muito bão


Nos últimos dias Ibaté foi tomada por uma turba ensandecida. Primeiro em função do possível atraso do ordenado dos servidores públicos da cidade e depois, sobre a criação de cargos dentro da câmara municipal dos vereadores.


Quanto ao pagamento, o caso já está concluído e não me aterei sobre essa questão, claro que é sabido meu posicionamento de que quem fez a criança que deve assumir o sustento da cria, mas, como sempre acontece em nossa cidade, tanto o monopólio do poder, quanto o lançamento de culpa a todos os lados que não seja o seu principal mentor, é o que novamente acontece.


Referente aos cargos, devemos ser sensatos e afirmar a sistemática ineficiência da Câmara dos Vereadores de Ibaté, como todos os tentáculos do Estado (Conselhos, Planos, Fundos, Sindicatos, Departamentos e Poder Legislativo), no âmbito municipal, só servem pra cumprir a tabela. Os departamentos não tem autonomia, os conselhos não são votados pela população, mas indicados pelo Executivo e o Legislativo, assim como esses mecanismos que deveriam prestar um bom serviço à população, só servem pra assinar ou cumprir as leis que cabem participação da sociedade civil.


Dessa forma, pensar a criação de cargos que são de extrema necessidade pra população ibateense, chega a soar como uma grandiosa piada do Danilo Gentili, ou seja, provoca risos, mas não tem graça.


Ao que vejo, nossos vereadores precisam se profissionalizar tanto intelectualmente, quanto à ferramentas pra que possa atender melhor a população, ou seja, necessita de uma sala própria, por que não dá pra sermos atendidos na calçada ou nos corredores antes das sessões, uma relação de horários que os vereadores estarão disponíveis em seus gabinetes (inexistentes) pra nos atender, um assessor de imprensa que também seja versado em política pública e um orçamento pra poder financiar todo esse processo de informação ao cidadão e fiscalização do Executivo.

Porém, ao que vemos há muitos anos é uma grandiosa busca do poder Executivo por deslegitimar o Legislativo e tirar os mecanismos pra que ele trabalhe, assim, com maior poder, seus mandos e desmandos tem poder de Lei e a política ditatorial seja cada vez mais latente no território municipal. Mas para o cidadão ibateense, que vive numa cidade com poucos empregos e expectativa de renda, quanto mais serviços criados, será com certeza, muito melhor.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

De Filósofo e Cientista, todo mundo tem um pouco… Será??


Ainda estamos sentindo o enjoo das eleições. Os de esquerda por não ter um governo com o interesse completamente voltado para a maioria e as minorias e os de direita, por não ter uma economia com um Estado que não interfira no Mercado, mas todos tem com, certeza a sensação de que poderíamos viver num pais mais justo.

Dessas eleições, que marcarão a história política do pais, não posso deixar de destacar os diversos sujeitos que, com a desculpa de “liberdade de expressão” apresentaram de maneira insensata e em alguns casos, burra, suas pretensões políticas e candidatos. Figuras como Danilo Gentili, Lobão, Nando Moura e alguns que metralharam ou infestaram as redes sociais com vídeos, imagens e discursos, em muitos casos, com discurso de ódio e agora, depois do pleite político e volta do Governo PT e Dilma ao poder executivo nacional, chegamos ao ponto de busca por divisão do pais e um grande grupo de pessoas pensando que só o Estado de São Paulo e Sudeste e Centro Oeste conseguiriam movimentar e sustentar um pais e até um inpeachman.

Dentro desses fatos acontecimentos, nem um pouco satisfatórios, chegamos ao estudo de Gardner onde ele chega a conclusão de que todo individuo pode desenvolver uma série de habilidades desde que seja estimulado pra que tal aconteça, dessa forma, pessoas diversas serão estimuladas no decorrer de sua vida e virarão Atletas, Artistas, Engenheiros, Médicos, Advogados, Motoristas, etc.

Mas os que não foram estimulados? Claro, não conseguirão desenvolver um determinado desempenho numa determinada área, porém, o farão em outra. Natural!

Portanto, pra uma pessoa discorrer sobre um determinado assunto ela deve se valer de um repertório de informações dentro daquela determinada área. É impossivel que uma pessoa que formou-se em Ciências Humanas, discorra sobre Ciências Exatas com mais bagagem e destreza que uma pessoa formada em Ciências Exatas. Essa é a regra, salvo alguns casos raros.


Quando via e ainda vejo uma pessoa que nunca se importou em buscar os autores da Economia Política, História, Filosofia, Antropologia, Sociologia, Semiótica e Semiologia e no pleite político com a ideia de que era “A Sua Opinião”, apresentava discursos cheios de inverdades ou meias verdades para deslegitimar um determinado candidato logo me vinha à cabeça, bom seria que de humilde e sensato, todo mundo tivesse ao menos, um pouco!


David Narcizo